A frase acima é do livro Introdução ao Teatro Dialético já citado na postagem anterior. Faz-nos refletir sobre a questão do ser revolucionário, da arte revolucionária, todos estes conceitos e seus contextos. Faz-nos pensar sobre compromisso x impulsividade. Compromisso com a luta e com a arte. Impulso de querer fazer parte dessa luta, mas não arregaçar as mangas e apenas "fazer parte" de algo, sem de fato "ser parte", de luta e de comprometimento com a causa. Lutar é imprescindível: a favor de uma arte de transformação, por um processo continuado de trabalho e pesquisa artística, da não mercantilização da arte que é imposta à cultura do país. Mas não podemos apenas nos deixar levar por meros impulsos e, com isso, deixarmos a luta de lado.
Finalmente na última reunião da Cia Engrenagem, colocamos em prática o que já havia sido proposto em reunião anterior e lemos alguns dos textos que farão parte do repertório da companhia. São textos dotados de humor, sem deixar a crítica social de lado. Os três primeiros textos escolhidos foram:
- Quinze Minutos
- Divino, Maravilhoso
- Os Machões
Diante de uma proposta já feita à companhia por uma produtora de um lugar alternativo, discutimos também as possibilidades e a viabilidade deste projeto, bem como a forma como poderíamos apresentá-lo para este público, colocando em questão principalmente a forma de fazer da arte não mero entretenimento, mas um convite à reflexão e consequente transformação.
Um comentário:
Olá CIA ENGRENAGEM!
Realmente, é de tamanha importância, as questões levantadas por vocês, "Impulso de querer fazer parte dessa luta, mas não arregaçar as mangas e apenas "fazer parte" de algo, sem de fato "ser parte", essa é a verdadeira questão! Sabemos que muitos falam, e poucos fazem. Acreditamos, que fazer Arte por si só não basta! Temos que ter esse olhar crítico e o fervor de reflexão que por sua vez, o transformará!
Um forto abraço a todos da CIA, juntos e com muita Arte!
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