quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

REAGE, ARTISTA!!!!


NESTA QUINTA. SE O TEATRO ESTÁ FECHADO, A RUA É O PALCO!
ESTAREMOS AMANHÃ, DIA 28, ÀS 20 HORAS, EM FRENTE AO TEATRO ZIMEBINSKI, com Transversal Do Tempo, nesse ato contra o fechamento arbitrário dos nossos teatros, há mais de 20 dias, paralisando tantas produções e impedindo o acesso do artista ao seu trabalho e do povo à cultura!
VEM, GENTE!!!!!

Os espetáculos que tiveram suas temporadas interrompidas ou que estreariam neste período farão as apresentações em frente ao teatro onde estariam em cartaz ou no espaço público mais próximo.

Espetáculos confirmados para o Ato de 5ª feira dia 28/02/2013.

- “O médico e o monstro”- Café Pequeno às 20h

- “Um plano para dois”
Teatro Sérgio Porto, às 21h – Responsável: Nina Morena

“ Edukators”
Estaria em cartaz no Oi Futuro Flamengo. Apresentação na praça ao lado do teatro. Largo do Machado – Flamengo – às 21h -Responsável: Maria Siman

- “Transversal do Tempo”
Teatro Ziembinski, às 20 horas – Responsável: Companhia Engrenagem – Cristina Froment.

- “A Cozinheira, o bebê e a dona do restaurante”
Teatro Maria Clara Machado - Planetário, às 17h – Responsável: Cecilia Ripoll

“Silêncios Claros – Clarice Lispector”
Parque da Ruínas, às 20h – Responsável: Ester Jablonski.

“ O Crocodilo”
Estaria em cartaz no Parque das Ruínas – Apresentação na Lapa – Escadaria do Selaron, às 21h – Responsável: Clarice Zarvos

“Aos Domingos”
Teatro Maria Clara Machado - Planetário 18h30 -Responsável : Juliana Teixeira

“ Atelier”
Estaria em cartaz no Teatro Gonzaguinha - Centro Cultural Calouste. Apresentação na Central do Brasil, próximo ao teatro às 20h - Responsável: Carol Costa

- “Os transtornos passam, a dança fica”
Largo do Machado, às 18h – responsável: Companhia d Fora.
NESTA QUINTA. SE O TEATRO ESTÁ FECHADO, A RUA É O PALCO!

Os espetáculos que tiveram suas temporadas interrompidas ou que estreariam neste período farão as apresentações em frente ao teatro onde estariam em cartaz ou no espaço público mais próximo.

Espetáculos confirmados para o Ato de 5ª feira dia 28/02/2013.

- “O médico e o monstro”- Café Pequeno às 20h

- “Um plano para dois” 
Teatro Sérgio Porto, às 21h – Responsável: Nina Morena 

“ Edukators”
Estaria em cartaz no Oi Futuro Flamengo. Apresentação na praça ao lado do teatro. Largo do Machado – Flamengo – às 21h -Responsável: Maria Siman 

- “Transversal do Tempo” 
Teatro Ziembinski, às 20 horas – Responsável: Companhia Engrenagem – Cristina Froment.

- “A Cozinheira, o bebê e a dona do restaurante” 
Teatro Maria Clara Machado - Planetário, às 17h – Responsável: Cecilia Ripoll

“Silêncios Claros – Clarice Lispector” 
Parque da Ruínas, às 20h – Responsável: Ester Jablonski.

“ O Crocodilo” 
Estaria em cartaz no Parque das Ruínas – Apresentação na Lapa – Escadaria do Selaron, às 21h – Responsável: Clarice Zarvos

“Aos Domingos” 
Teatro Maria Clara Machado - Planetário 18h30 -Responsável : Juliana Teixeira

“ Atelier” 
Estaria em cartaz no Teatro Gonzaguinha - Centro Cultural Calouste. Apresentação na Central do Brasil, próximo ao teatro às 20h - Responsável: Carol Costa

- “Os transtornos passam, a dança fica” 
Largo do Machado, às 18h – responsável: Companhia d Fora.

sábado, 23 de fevereiro de 2013


Hoje eu poderia escrever LUTO aqui. Mas prefiro escrever AMOR.
Acho que isso resume bem uma pessoa que sempre terminava seus emails nos desejando “todo amor que houver nessa vida”, alguém que sempre soube amar e que amou muito, seja seus amigos, sua família, seu ofício, mas mais que tudo a arte e o teatro.

“Amar
Em todas as instâncias
de todas as formas e possibilidades
Re-amar, antiamar
Simplesmente amar!
Sem isso a vida não vale a pena!”

Essa foi a legenda que RoGer Garcia escreveu quando pedi para fotografá-lo para a exposição da Guta, de Transversal Do Tempo, onde o fotografado deveria escrever algo relacionado ao amor ou a falta de. Realmente, não esperava que ele escrevesse sobre “a falta de”. Ele amava demais. Mais que isso, acreditava no amor, em todo tipo de amor. Acreditava no bem e nas pessoas e talvez por isso tenha passado por poucas e boas pela vida, por acreditar demais. Mas também estou certa que justamente por isso ele sempre foi uma pessoa especial, rara e muito querida por todos!
Perdi hoje muito mais que um amigo. Perdi um irmão. Alguém que tive a felicidade de conhecer há vários anos, com quem muito aprendi e que, recentemente, se tornou um super parceiro. Mais que diretor convidado de Transversal do Tempo, ele se tornou uma peça essencial da Cia Engrenagem. E é difícil falar o quanto isso significou pra mim, pra nós. Me faltam palavras. Sei que foi grande, foi amor, foi eterno. Melhor: ainda é e sempre será.
Perdemos hoje um homem essencialmente da arte, apaixonadamente do teatro. Alguém que exercia seu papel com paixão e com muita seriedade. Que permitia momentos de gargalhadas, mas que sempre nos instigava, sempre nos fazia manter o foco quando sempre o perdíamos, que no meio de uma discussão acerca do texto ou do personagem lançava mão de uma pergunta que nos surpreendia e nos obrigava a mergulhar mais ainda dentro daquele trabalho. Que nos passava “deveres de casa” e os cobrava com afinco, mas que também nos afagava quando precisávamos. Que nos conduzia, mas quando contrariado lançava mão de um “me convença” e se permitia se convencer mesmo. Não era o dono da verdade, nem pretendia ser. Interessava-se mais pelo debate sincero, pelas descobertas, pelo crescimento juntos, pela parceria.
Essencialmente do bem. Generoso, amável, gentil, doce.
Das reuniões aqui em casa, regadas a muita coca-cola, guardo suas risadas, o carinho e o amor e cuidado com o trabalho, com a gente, com minha filha.
Da última vez que nos vimos, guardo seu sorriso, suas mãos nas minhas, sua fé nas pessoas e no bem, na nossa peça, na nossa companhia, na vida e no amor e nosso abraço sorridente no final.
Ainda parece brincadeira. Ainda parece que ele vai chegar aqui nos chamando de “Pestes” e vai dar aquela gargalhada gostosa e pedir mais um pouco de coca cola.
A tristeza que sinto agora é imensurável e indescritível. Vai ser difícil passar... Mas mesmo diante de toda tristeza, tenho a felicidade de saber que ele partiu num momento em que dizia estar muito feliz por estar cercado de pessoas do bem e que o amavam, ele sentia isso! Também por pensar que ele se foi num momento em que estava à frente de dois trabalhos artísticos, do qual muito se orgulhava: a produção (junto com a Cia Engrenagem) e direção da peçaTransversal Do Tempo e a produção da Banda Ensaio de Guerra.
A Cia Engrenagem perdeu uma grande peça, uma peça rara, a qual devemos muito e temos muito que agradecer!
Nós continuaremos aqui. Faremos de tudo para seguir adiante com esse e outros trabalhos que virão e ele sempre será uma de nossas peças essenciais. Faremos de tudo para que ele possa sentir orgulho de “seus meninos”, como ele nos chamava!
Amor, irmão, amor. Brilhe muito!
(Cristina Froment)
Hoje eu poderia escrever LUTO aqui. Mas prefiro escrever AMOR. 
Acho que isso resume bem uma pessoa que sempre terminava seus emails nos desejando “todo amor que houver nessa vida”, alguém que sempre soube amar e que amou muito, seja seus amigos, sua família, seu ofício, mas mais que tudo a arte e o teatro.

“Amar
Em todas as instâncias
de todas as formas e possibilidades
Re-amar, antiamar
Simplesmente amar!
Sem isso a vida não vale a pena!”

Essa foi a legenda que Rogério escreveu quando pedi para fotografá-lo para a exposição da Guta, de @[136259453180176:274:Transversal Do Tempo], onde o fotografado deveria escrever algo relacionado ao amor ou a falta de. Realmente, não esperava que ele escrevesse sobre “a falta de”. Ele amava demais. Mais que isso, acreditava no amor, em todo tipo de amor. Acreditava no bem e nas pessoas e talvez por isso tenha passado por poucas e boas pela vida, por acreditar demais. Mas  também estou certa que justamente por isso ele sempre foi uma pessoa especial, rara e muito querida por todos!
Perdi hoje muito mais que um amigo. Perdi um irmão. Alguém que tive a felicidade de conhecer há vários anos, com quem muito aprendi e que, recentemente, se tornou um super parceiro. Mais que diretor convidado de Transversal do Tempo, ele se tornou uma peça essencial da Cia Engrenagem. E é difícil falar o quanto isso significou pra mim, pra nós. Me faltam palavras. Sei que foi grande, foi amor, foi eterno. Melhor: ainda é e sempre será.
Perdemos hoje um homem essencialmente da arte, apaixonadamente do teatro. Alguém que exercia seu papel com paixão e com muita seriedade. Que permitia momentos de gargalhadas, mas que sempre nos instigava, sempre nos fazia manter o foco quando sempre o perdíamos, que no meio de uma discussão acerca do texto ou do personagem lançava mão de uma pergunta que nos surpreendia e nos obrigava a mergulhar mais ainda dentro daquele trabalho. Que nos passava “deveres de casa” e os cobrava com afinco, mas que também nos afagava quando precisávamos. Que nos conduzia, mas quando contrariado lançava mão de um “me convença” e se permitia se convencer mesmo. Não era o dono da verdade, nem pretendia ser. Interessava-se mais pelo debate sincero, pelas descobertas, pelo crescimento juntos, pela parceria.
Essencialmente do bem. Generoso, amável, gentil, doce. 
Das reuniões aqui em casa, regadas a muita coca-cola, guardo suas risadas, o carinho e o amor e cuidado com o trabalho, com a gente, com minha filha.
Da última vez que nos vimos, guardo seu sorriso, suas mãos nas minhas, sua fé nas pessoas e no bem, na nossa peça, na nossa companhia, na vida e no amor e nosso abraço sorridente no final.
Ainda parece brincadeira. Ainda parece que ele vai chegar aqui nos chamando de “Pestes” e vai dar aquela gargalhada gostosa e pedir mais um pouco de coca cola.
A tristeza que sinto agora é imensurável e indescritível. Vai ser difícil passar... Mas mesmo diante de toda tristeza, tenho a felicidade de saber que ele partiu num momento em que dizia estar muito feliz por estar cercado de pessoas do bem e que o amavam, ele sentia isso! Também por pensar que ele se foi num momento em que estava à frente de dois trabalhos artísticos, do qual muito se orgulhava: a produção (junto com a Cia Engrenagem) e direção da peça @[100003945409809:2048:Transversal Do Tempo] e a produção da Banda Ensaio de Guerra. 
A Cia Engrenagem perdeu uma grande peça, uma peça rara, a qual devemos muito e temos muito que agradecer! 
Nós continuaremos aqui. Faremos de tudo para seguir adiante com esse e outros trabalhos que virão e ele sempre será uma de nossas peças essenciais. Faremos  de tudo para que ele possa sentir orgulho de “seus meninos”, como ele nos chamava!
Amor, irmão, amor. Brilhe muito!

sábado, 2 de fevereiro de 2013

UM GENEROSO OLHAR PARA TRANSVERSAL DO TEMPO

Foto de Ricârdo Leão
Pessoal, temos muito a agradecer todo o carinho e comentários carinhosos, muitas vezes entusiasmados, que temos recebido sobre nossa Transversal Do Tempo. Seja pessoalmente depois da peça, seja por mensagens ou recados na nossa página, seja no compartilhamento de nossa filipeta virtual, com palavras emocionadas e altas recomendações. Muito obrigada mesmo!
Mas nesse último fim de semana, recebemos um email diferente! Tivemos no sábado a presença do Jefferson Farias, que é deficiente visual. Mas essa "deficiência" não o impede de ir a lugares onde deseja, ele não se limita, e ainda esse ano se formará em teatro na Univercidade.
Recebemos esse email emocionado dele, intitulado: UM OLHAR PARA A TRANSVERSAL DO TEMPO
Obrigada, querido, pelas palavras, pelo carinho, pela generosidade! Ficamos muito emocionados.

UM OLHAR PARA A TRANSVERSAL DO TEMPO

                                                       Por Jefferson Farias

Há uma percepção geral de que a nossa vida é feita de encontros e desencontros. Acho que pode ser. Estas aproximações e estes distanciamentos acontecem, ao meu ver, num grande palco terreno no qual distintas experiências entram em contato e influenciam-se mutuamente. Os seres humanos, assim, ao vivenciarem e compartilharem fagulhas de vida, buscam, e as vezes dão sorte de encontrar, um refúgio abrigo apoio nos quais se sentem um pouco mais seguros e confiantes para suportar a insuportável arte de existir.
Dito isso, acredito que o amor, a arte e a amizade, não necessariamente nesta ordem, constituem três pilares fundamentais passíveis de nos auxiliar na árdua tarefa de nascer, crescer, ser feliz, envelhecer, continuar sendo feliz e morrer. "Transversal do tempo
aborda estas questões e o faz de maneira teatralmente divertida e direta.
Três artistas falando de arte e três seres humanos falando de vida.
Transversal do tempo é uma meta linguagem em si mesma, tal qual exige o processo criativo do artista.
Deixando as filosofias de lado, falarei, agora, a respeito das minhas impressões pragmáticas, ou nem tanto, a respeito do trabalho exibido na peça. Não comentarei sobre cenários e figurinos por motivos óbvios, embora tenha ficado com a impressão de que o que vocês fizeram estava em congruência com o espaço disponível que vocês tinham.
O primeiro ponto interessante a ressaltar, na minha opinião, é o modo como os atores recepcionam o público. O palco italiano, como é visível até para quem é cego, tende a "distanciar" ator e espectador de modo a dividir e hierarquizar o espaço da cena. Ao receberem as pessoas no espaço onde tradicionalmente espera-se que só haja espectador, Os artistas colocam-se, ainda que momentaneamente, no mesmo nível que eles e isso abre caminho para um outro nível de relação. Acho isso bacana. Só não entendi os salgados e as jujubas, embora tenha achado a jujuba deliciosa.
Arte, Amor e Amizade, não sei se vocês perceberam, mas são três palavras que começam com a letra A. Sabem o que isso significa?? - Nada.
Mas achei interessante e criativo os três brindes iniciais. Molière acharia uma boa ideia.
Quanto ao texto, achei ótimo e penso que vocês o interpretam muito bem. Os clichês conscientes, tanto na atuação quanto na escrita, são extremamente precisos e inteligentes. Se teatro é vida e a vida muitas vezes não passa de um clichê, nada melhor que registros clichês para exprimir esta tensão. Lançar uma luz crítica do jeito que vocês fazem é magnífico, além de ser capaz de suscitar reflexões artísticas e relacionais.
Citações, citações, citações... Os idiotas que as curtem jamais entenderão que na verdade não "há mais coisas entre o seu e a terra do que sonha nossa vã filosofia". Mas sim, talvez: "Há mais coisas vãs em nossa filosofia do que sonha o céu e a terra".
Rodrigo, Dan e Cris vocês são ótimos e estão com um belo espetáculo nas mãos. Estendam, por favor, os meus comprimentos à direção e aos demais envolvidos no processo de criação. Não desejarei sucesso porque isso vocês já tem. Então, desejarei apenas que este sucesso cresça, cresça e cresça!!!!!
Ah, quer saber, vou desejar sucesso sim.
Sucesso!!!!!!
Apenas escrevi da forma que me bateu. O trabalho de vocês é lindo e, por favor, compartilhem com o maior número de pessoas possível!

Espetáculos cancelados no Rio de Janeiro!

Queridos amigos, é com muito pesar que informamos que o espetáculo TRANSVERSAL DO TEMPO foi CANCELADO NESSE FIM DE SEMANA. Com a "caça às bruxas" depois da tragédia em Santa Maria, intensas fiscalizações estão sendo feitas e diversas casas estão sendo fechadas para averiguação no Rio de Janeiro e os TEATROS PÚBLICOS FORAM TODOS FECHADOS, TENDO TODOS OS SEUS ESPETÁCULOS CANCELADOS. 
Voltamos depois do Carnaval, dias 22, 23 e 24/02 e esperamos todos que não puderam estar presentes ainda para festejarmos juntos o Amor, a Amizade e a Arte! 
Beijos nossos! 
Até breve!