terça-feira, 27 de outubro de 2009

CON$UMADO - 3º Ato - Tudo Aquilo que Eu Esperava

A MOLA - Mostra Livre de Artes começa amanhã!

Neste quinto ano, quatro dias seguidos de evento, de 28 a 31 de outubro, os portões do Circo Voador estarão abertos a partir das 20:00hs. A entrada será GRATUITA até as 21:30hs! Após esse horário, o ingresso custará R$ 20,00, mas com meia entrada para estudantes, ou doando um livro, ou um gibi. Não dá pra perder, né?

Além do palco, o espaço do Circo, foi dividido em 3: Picadeiro (pista em frente ao palco); Quintal (área externa entre as palmeiras) e Tenda Cênica (uma tenda de cor branca q será iluminada cada dia por uma cor). Espalhados e divididos por esses espaços performances, poesia, artes plásticas, cinema, arte circense, música e teatro.

A Cia Engrenagem de Arte Revolucionária, apresenta no último dia, 31/10, na Tenda Cênica, o

Con$umado - 3º Ato - Tudo Aquilo que eu Esperava

Sim, como vocês já devem ter visto aqui no blog, ele faz parte do Con$umado, fruto da pesquisa da Companhia sobre o Consumismo. Devido a adaptação para o espaço e evento, visto que serão diversas atrações numa só noite, é que apresentaremos o que denominamos de 3º Ato.

Não deixem de comparecer, nos prestigiar e prestigiar esse mix de arte livre!!!

A programação completa da MOLA está no site do Circo Voador:


Nos vemos lá!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

ENGRENAGEM na MOLA-Mostra Livre de Artes 2009 / CIRCO VOADOR!

A Engrenagem foi selecionada para a quinta edição da MOLA-Mostra Livre de Artes, que acontece anualmente no Circo Voador!

Nossa apresentação será dia 31/10/09, em horário ainda a ser definido pela produção. Todos podem confirmar a programação, bem como tudo que rola nesse super evento no site do Circo Voador (é só clicar no link!).


Confiram e compareçam! Esperamos vocês lá!


"A MoLA - Mostra Livre de Artes - chega ao seu 5º ano se afirmando como o quintal das ideias. Então se a MoLA fosse uma conta matemática, não tenha dúvidas de que seria a soma. Porque é a união de jovens produtores, mais artistas que querem dizer ou cantar ou pintar ou encenar ou reproduzir alguma coisa, mais um público interessado que só cresce a cada edição, que torna a MoLA um verdadeiro quintal de todas as idéias! Neste quinto ano, teremos quatro dias seguidos de evento, de 28 a 31 de outubro, com entrada franca até determinado horário, e atrações na área da música, cinema, teatro e artes plásticas. E uma ou outra coisa que a gente ainda não sabe classificar. Como serão estas apresentações, nós vamos descobrir juntos. A única certeza que temos é que, se chegamos até aqui, não fizemos isso sozinhos!"






quinta-feira, 8 de outubro de 2009

para nos seguir...




segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Adiós, La Negra!

Aos 74 anos, morre a cantora Mercedes Sosa

A cantora argentina Mercedes Sosa morreu neste domingo, no hospital Trinidad, em Buenos Aires, onde estava internada desde meados de setembro. Os motivos divulgados de sua morte foram complicações renais e hepáticas, além de problemas respiratórios. A intérprete de 74 anos sofria do Mal de Chagas desde o final dos anos 1970. As vozes mais à esquerda poderiam resumir o parágrafo acima a quase um slogan: "a voz dos sem voz se calou". O coro postado mais à direita provavelmente se sentiria aliviado: durante a ditadura militar que governou a Argentina entre 1976 e 1983, Mercedes era o grilo falante e cantante que insistia em evocar a consciência de que a intolerância e a perseguição política não se afina com a dignidade humana. Deixando de lado as paixões políticas, seria justo dizer que morreu uma das principais cantoras latino-americanas, a voz maior de clássicos como Volver a los 17, uma artista que ignorou fronteiras artísticas e geográficas, celebrando um ideal latino ao dividir canções, álbuns e palcos com Milton Nascimento, Charly García, Fagner, Antonio Tarragó Ros, Beth Carvalho, Joan Manuel Serrat, Shakira e Fito Páez. Para aquela que imortalizou Gracias a la Vida (da chilena Violeta Parra), a boa música exigia independência artística. Por exemplo, no show que La Negra (apelido recebido pela cor de sua vasta cabeleira) fez há dois anos nem Porto Alegre, o repertório incluía Coração de Estudante (Nascimento e Wagner Tiso), mas também Gente Humilde (Garoto, Vinicius de Moraes e Chico Buarque) e Un Vestido y un Amor (Páez) e El Cosechero, que ela interpretou ao lado de seu amigo Luiz Carlos Borges, acordeonista gaúcho. Na entrevista que concedeu a Zero Hora em 2007, Mercedes mostrou que sua o fato de colocar sua voz forte incondicionalmente a serviço de quem é fraco não a fazia perder sua lucidez. Comentando avanços sociais e políticos na América Latina, ela cravou: — Não é a esquerda que está no poder, são alguns políticos de esquerda que estão no poder. Depois do desmembramento da União Soviética, o capitalismo está sozinho. Essa lucidez sempre custou caro a Mercedes. Ela teve de exilar-se em Madri entre 1979 e 1982, depois de receber ameaças de morte de grupos extremistas de direita. Sua partida, inclusive, foi precipitada por um show que fez em La Plata, quando ela e todo o público que a tinha ido assistir foram detidos. Porto Alegre também foi testemunha de um episódio de provocação terrorista contra ela. Em 1980, durante um show no Gigantinho, alguém detonou uma bomba de efeito moral para provocar correria e choro entre a plateia e inviabilizar o concerto da argentina. Até que Mercedes assumiu o comando com sua voz, e acalmou o público, que se juntou a ela em um coro emocionado. Anos mais tarde, Mercedes recebeu uma homenagem mais formal de parte dos gaúchos: em 1996, ela foi agraciada com a Medalha Simões Lopes Neto, outorgada pelo governo do Rio Grande do Sul. Um dos últimos reconhecimentos que Mercedes recebeu foram três indicações para o Grammy Latino 2009 pelo álbum Cantora 1, que reúne duetos dela com vários artistas. O anúncio do vencedor será realizado no dia 5 de novembro em Las Vegas, mas o resultado da vida de Mercedes já é conhecido desde há muito tempo: La Negra iluminou com sua voz alguns dos tempos mais escuros que a América Latina já experimentou.

Nos últimos tempos, cansada e doente, assegurava estar feliz, rodeada de afeto. "Tenho sorte", dizia, "porém me custou muito". A Negra Sosa lutou até o final para cumprir os objetivos do Manifesto do Novo Cancioneiro que firmou em Mendonza, em 1964, quando tinha apenas 28 anos, no qual se propunha renovar a canção popular argentina para conseguir que "se integrasse na vida do povo, expressando seus sonhos, suas alegrias, suas lutas e suas esperanças".
[Fonte: Renato Mendonça-Zero Hora/RS]